O Estranho Tempo Das Flores.
Não me lembro bem quando foi que te conheci. Mas nunca esqueci aquela flor singela, de sorriso leve perto de outras flores que simpatizava. Volta e meia, eu me perguntava em que momento você apareceu na minha história, assim, sem pedir licença. Surgiu de forma tão serena que nem passou pela minha cabeça impedir tal invasão. Na verdade, acho que recuei e permiti. Dias e noites passaram tão depressa e tantas outras poesias surgiram em minha vida que não me dei conta que ainda não sabia nada de você. De que adianta conhecer tantas flores nesse campo infinito se aquela que surgiu uma vez ou outra, eu não sabia o nome, não conhecia o perfume, não sabia das canções que gostava. De violão em mãos, toquei uma canção. Mas o som não saiu. Violões sem corda não tocam, almas violadas não amam. Foi quando percebi seu coração palpitar devagar, naquela manhã ensolarada, lá em cima do monte, cansada do peso que carregava sem saber porque. Na espontânea vontade de querer ajudar, peguei