Eu nunca sei como começar O branco do papel me deixa sem graça Quando quero escrever As primeiras palavras surgem No mesmo tom de timidez De quando vejo você Mas aos poucos A poesia nasce A mão apressada risca A rima cresce A mente arisca Arrisca Um verso de cada vez E aos poucos falo de ti E venço minha mudez Teu olhar Mais brilhante que a Lua Me faz sorrir Tocar minha mão na sua E sua, transpira E se o coração palpitar um pouco mais forte A gente pira Mas tudo se acalma Tudo se ajeita Quando você se aproxima E me beija.