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Mostrando postagens de outubro, 2013

O Amarrado.

Toc toc toc... - Quem é? - Carteiro. Cartas para senhorita A. Stella. - Tem ninguém em casa não. Volte mais tarde. - E a senhora com quem falo, quem é? (Deixe seu recado após o bip: biiiiiiiiiiip) Silêncio. O carteiro fica sem entender e, por uns instantes, tenta espiar pela fresta da janela. Pensa confuso, tentando descobrir com quem estivera falando. 'Será coisa da minha cabeça?' Após a mensagem eletrônica e o toque do bip, ele se mantem mudo, vira as costas e segue entregando correspondências pela vizinhança. Após mais um dia entregando correspondências, o carteiro retorna ao lar com um amarrado de cartas daquela casa que o atendera estranhamente. Por muitas vezes, teve vontade de abrir as cartas. Em todas as vezes, se conteve. Sentia-se como quem assalta um banco e rouba tudo que há de valor no cofre. Deixou o amarrado em cima da mesinha de centro da sala e foi até a cozinha preparar um café. Esta noite, entre goles de café, o carteiro pensava como faria para e

Dama da Noite.

Seus olhos amendoados Amedrontados Seu jeito de menina Eu sempre sonhador Seu olhar, seu carisma Não combinam com a dor Eu tão distraído Nem vi, quando menino Sempre estava ao seu dispor Você, tão sapeca Um sorriso de boneca Tão tímida, discreta Me olhava feliz Vendo o Sol se por.

Amor Em Notas Cifradas.

Quem decifra sentimentos Dá cifras Sente menos O que falta no coração Sobra em argumentos Incoerentes em prosa e verso No comum e no adverso São só palavras soltas Escritas num pedaço de papel Ditas pelas bocas Desesperadas para amar.