O Amarrado.
Toc toc toc... - Quem é? - Carteiro. Cartas para senhorita A. Stella. - Tem ninguém em casa não. Volte mais tarde. - E a senhora com quem falo, quem é? (Deixe seu recado após o bip: biiiiiiiiiiip) Silêncio. O carteiro fica sem entender e, por uns instantes, tenta espiar pela fresta da janela. Pensa confuso, tentando descobrir com quem estivera falando. 'Será coisa da minha cabeça?' Após a mensagem eletrônica e o toque do bip, ele se mantem mudo, vira as costas e segue entregando correspondências pela vizinhança. Após mais um dia entregando correspondências, o carteiro retorna ao lar com um amarrado de cartas daquela casa que o atendera estranhamente. Por muitas vezes, teve vontade de abrir as cartas. Em todas as vezes, se conteve. Sentia-se como quem assalta um banco e rouba tudo que há de valor no cofre. Deixou o amarrado em cima da mesinha de centro da sala e foi até a cozinha preparar um café. Esta noite, entre goles de café, o carteiro pensava como faria para e