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Mostrando postagens de setembro, 2014

Estrela Retse - Imensidão do Céu.

Sempre busco no silêncio dos pensamentos algo que me traga sossego, e sempre vem o desejo de, do seu lado, estar. É inevitável, incontrolável, necessário como o ar. Sua presença possui a essência que me faz flutuar. Sua ausência sufoca, afoga, aperta o peito de fazer o coração parar. Eu queria entender um dia, porque na sua companhia, o vento forte parece brisa de quem aprecia a vista de frente pro mar. Eu queria descobrir a magia que faz o coração palpitar quando se aproxima. Seria o cabelo leve sobre os ombros ou a alça da blusa caída? É a agonia de querer estar do seu lado o tempo todo, mesmo que esse tempo dure apenas um dia, um piscar de olhos, um esbarrão na correria. No meu caderno escrevo seu nome compulsivamente, na ânsia de esvaziar a mente e o coração, como quem foge da abstinência de um vício. E quanto mais escrevo, mais alimento o desejo de consumir o seu cheiro pra acalmar o desespero latente no peito. No canto escuro e calado, observo os ponteiros do relógio tão r

Pego No Antidoping.

Era tarde amena quando tudo começou Era luz serena quando me hipnotizou Eu nem fazia ideia de onde tudo isso ia chegar Sem perceber, fui curtindo aos poucos Deixando me levar Na sua ausência, sinto sua essência em qualquer lugar Na sua presença, nenhum sorriso é capaz de disfarçar Tão proibido quanto algo ilícito Te ter tão perto tornou-se vício E já não sei como largar Nem clínicas, nem grupos de ajuda irão me dizer Como vou livrar-me desse vício que é você.

Estrela Retse.

Uma vida inteira passada debaixo de tempestades incertas, intensas e curtas. As trovoadas contavam histórias todos os dias, já não assustavam mais. Os relâmpagos eram riscos de lápis luminosos que sua imaginação riscava no céu. Já não sabia mais o que era lágrima e o que era chuva escorrendo em seu rosto. Ainda assim, sorria. Brincava de juntar nuvens como quem descobre a faísca quando junta duas pontas de fios desencapados. De noite, limpava a bagunça da tarde e contava as estrelas. Dizia que eram fotografias das faíscas que sua memória registrou. Toda essa inconstante fazia parte do seu dia a dia. Até conhecer a calmaria. De sorriso leve e reconfortante, um olhar sereno e brilhante, fez-se luz diferente de tudo que conhecia. Era algo novo, de sintonia leve e fácil, como quem sente o perfume das flores logo pela manhã. Diante de tanta ternura, sorriu. E não sabia dizer nada, apenas olhava, admirava e imaginava que depois daquele dia as brincadeiras com faíscas acabaria. As tempes