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Mostrando postagens de outubro, 2012

Mousses e Tortas

É doce feito açúcar Mas sem exagero É leve feito tempero Com aquele sabor lento no final Difícil de esquecer Na verdade Durou frações de segundos Porém nunca mais esquecerei Das palavras doces que recebi Dos sentimentos bons que ganhei E se antes andava cabisbaixo em desalinho Hoje você me deu um motivo Pra eu acreditar no meu sonho Mesmo que seja pequenino Mas que eu seja feliz Construindo meu caminho.

O Devorador de Bolos

‎''E não durou nem vinte e quatro horas A noite foi longa Ninguém saberia ao certo o que aconteceria pela manhã Eram dois Bonitos e cheirosos Um paladar de causar salivações instantâneas Agora Restou apenas um O maior, mais forte Mas nada o fará resistir O ataque massivo começou E apenas cessará Quando nada mais houver  Para provar que um dia você existiu.''

Apodyopsis.

O dia foi quente e lento O calor incessante Me causara tormento e como quem brinca de opostos À noite os votos Eram de serenidade e frescor E mesmo com a escuridão Eu ainda via a cor Dos seus olhos, da sua pele Que parecia ainda inerte Repousada em meu corpo E eu, mentalmente Me acompanhava de ti Obrigava-te a despedir-se de cada peça Fazendo a noite passar tão depressa Ao menos tivemos tempo para uma pausa Uma conversa E nessa aflição de fazer a noite durar Eu transfiguro você ao meu lado Nua, deitada E eu sentado Molhado Mais do que um simples suor De uma ação repetitiva Percebo o dia amanhecer Você desaparecer E eu sozinho No frio do meu canto isolado.

Um Vazio Embalado à Vácuo.

É te ver por um segundo para o céu se abrir O mundo parar A gente sorrir Como quem sabe o que o outro quer Nessa basorexia que nos consome Nessa vontade que às vezes não tem nome Que nos define nesse instante Nesse amontoado de segundos apressados O peito apertado escondendo sentimentos Os olhos brilhantes entregando desejos E mesmo que nada aconteça Somos recíprocos responsáveis por essa alegria Que, por vezes, se torna agonia Uma odaxelagnia que nos permite O sabor do casual E das lembranças perdidas.

Pagando Dívidas.

Agora diz o que você entendeu Tudo aquilo que disse cumprir As coisas que você prometeu E aí, não deu? A gente aprende com os próprios erros Não é quando decepcionamos É quando sentimos a decepção Vibrando pelos nervos E o medo? Que medo? De fazer bonito De querer agradar e ver geral sorrindo Besteira isso tudo Conversa fiada Você tenta agradar E vira a piada Que nada, segura Mantém a disciplina Aquele que batalha Bebe da água cristalina Salgada ou doce Escolha a opção Que te fará mais forte Mais rei do que o próprio leão.

Vírus e Spam.

"E agora, bobão? O drama acabou A novela chegou ao fim E o mensalão? A novela deu show O povo aplaudiu E a Educação? A TV todo mundo ligou Até a energia caiu O livro ninguém abriu E o arroz com feijão? Ninguém comeu Mas todo mundo assistiu." Releitura de ''E agora José'', de Carlos Drummond de Andrade.

Tormenta de Ilusões.

Não conto, não declaro Não me abro Não busco solução Não gosto, não sinto Não ligo Não dou atenção Não me preocupo, não levo à sério Não me importo Não me interesso Não me incomodo Não deixo aparente Não confio, não crio esperanças Não suponho Não acredito em mudanças Não sonho mais Não tenho alternativas.

Prisioneiro dos Afetos.

Às vezes, dá vontade de jogar tudo pro alto Pra ver se acontece algo Mas lembro que Se eu me jogar pro alto, o asfalto É duro demais pra me amortecer Pra me receber Até o próprio chão áspero e imóvel me negaria Me empurraria pra cima Me fazendo levantar Então, pra quê acreditar Que um dia você me receberia De braços abertos Pra me confortar? Ainda tento, sem sucesso Mostrar na sua frente Que eu vim pra ficar Pra, de ti Cuidar, acarinhar Protegê-la e fazer-te sorrir Pode contar antes mesmo Que eu possa admitir Não vou mentir Nem desmentir Mas só diga se realmente for recíproco.

Nunca Mais Acordei.

O tempo passa, o coração palpita A gente fica em silêncio e ao mesmo tempo Grita Carregado de vontade nos olhos Derrubado pela saudade dos novos Que não estão por vir A luta parece não ter fim Finjo estar em paz E a guerra latente em mim Me perturba, me derruba E eu ansioso e desastrado Me levanto, me arrasto Tentando deixar tudo bem Rezando e gritando amem Achando que ninguém Me escuta E mesmo trancado em casa Sinto o frio da rua O corpo quente, a pele nua Sua Só sua, e minha E eu perdido enquanto você não vem Te espero sereno Deitado na linha do trem.

De 31.12 a 01.01.

Imagem
"Eu aqui rindo feito bobo Olhando suas fotos Lembrando dos momentos que passamos juntos Tão poucos, tão curtos Querendo que tudo se repetisse  E durasse o dobro do tempo que desejo Mas não sou bom de Matemática  E não sei quanto vale o dobro  De tanto tempo assim... "