Postagens

Mostrando postagens de julho, 2012

Vilar das Pedras.

"A gente tinha aquele corpo franzino e o corte de cabelo escolhido pela mãe. Cumpria nossos deveres e corria pra brincar. A tarde passava rápido. Tínhamos hora pra entrar. De noite, quando era permitido, sempre tinha uma roda de amigos pra conversar. Na calçada. No portão de casa mesmo. O sono chegava. Não na gente. Na mãe da gente. Era hora de entrar. E já entrávamos felizes com o dia de amanhã que viria pra toda brincadeira recomeçar. Depois dos deveres, claro. Podia ser durante o período letivo ou nas férias. A gente já sabia viver e amar."

Adorável Recordação.

Imagem
As lembranças do final de semana ainda me fazem rir e me impedem de dormir. "Garçom! Mais uma rodada de felicidade, por favor!" E aí eu começo a semana assim, devagarinho. Com presente de papai e futebol com os amigos. Muitos desenhos nas folhas de papel espalhadas na cama. Camisas pintadas ficaram bacanas. E um soninho leve e preguiçoso me convidando pra deitar... dessa vez, cedi. Mas só dessa vez. Deixar de comandar às vezes também é bom.

Hiperatividade Suicida.

Imagem
"Era como se não houvesse amanhã. O dia ardia a cada segundo. Escorria e secava. Pintava com cores de tons que se misturavam a cada puxão. A dança, o movimento quase que coreografado, de intervalos diferenciados, entregava o ritmo das peças que brincavam com os pássaros. A despedida repentina exprimia um sentimento de tristeza que durava um segundo. Mais rápido que um '' Ah.." dito por uma voz baixa e rouca. E outra peça estava a voar. Os tons escureciam com as misturas impróprias. As horas passavam sem sentir a dor causada pelas peças no ar, que iam e vinham, brincalhonas e tensionadas. Mas havia um momento maravilhoso que embelezava ainda mais a brincadeira. Uma estrela tão grandiosa a pintar o céu de outros tons. Tons de saudade da tarde que passou. E logo escurecia. Restaram-se os comentários, as lembranças, a gritaria. A dor, ainda tingida de cores enegrecidas pela mistura seca e cascuda, latejava fielmente sobre o corpo agora inerte, de respiração lenta e fatiga

Irmã Solteira.

"Acabou-se o café Acabou-se o feijão E agora, minha irmã? Chocolate quente acabou Bombom não sobrou Guaravita acabou E agora, minha irmã? Suco de uva estragou Malzbier chocou E agora? Não sobrou nem Coca-Cola? É...acabou."

Alfabeto Adjetivado.

"Amigo, Amoroso, Antipático também. Bondoso, Bobo, Brincalhão, Besta, Babaca também. Carinhoso, Cuidadoso, Cauteloso, Caótico também. Divertido, Dengoso. Esquecido também. Feliz, Fanfarrão, Festeiro. Gentil, Genial. Hipócrita, Hostil também. Irreverente, Interessante. Ignorante. Justo, Jovial, Jeitoso também. Leal, Legal, Linear. Louco também. Moço, Mãe, Marido. Maluco. Nobre, Neurótico também. Outro. Pai, Pessoa, Poderoso. Pervertido, Poeta também. Quieto. Rigoroso, Regular. Raivoso também. Saudável, Saudoso, Silencioso. Suspeito também. Titular, Tátil, Torto. Teimoso. Único também. Verdadeiro, Vaidoso, Venerado. Vingativo. X. Zeloso também."

Num Piscar de Olhos.

Eu queria saber das coisas que escondi de mim quando dormi. Queria escrever as palavras que sonhei, As poesias que criei E ninguém leu. Nem eu. Acordei e esqueci.

Um Verso para Inspiração.

"E eu ainda vou olhar por horas pra sua foto e mil poesias irei escrever. Não entendo muito de gente, mas de flores, ah..as flores! Essas sim fazem bem ao meu viver... E se eu um dia falar que vi tão bela flor passar por mim, direi a todos que ainda falta uma flor em meu jardim. Você."

Frutiferos Poéticos.

‎"Você, Que esteve sempre comigo Que caminhou juntinho dos meus pés Me acompanhou em passeios inesquecíveis Hoje despediu-se de mim Numa manhã ensolarada Quente e triste Fica em memória tudo que aprendi com você Cada roupa que combinou Cada pedacinho de chão que escolhi pra pisar Sem te machucar. A lembrança é que me resta." Adeus, querido All Star.

Frutíferos Poéticos.

‎"Arrancarei sua pele com a força dos meus dedos Separarei cada parte tua Chupar-te-ei até a última gota não existir mais." Quer tangerina?

Frutíferos Poéticos.

‎"Eu te despia vagarosamente Meus dedos passeavam pelo seu corpo Meus lábios degustavam teu sabor único Com pequenas mordidas em teu eu revirado Arranquei-lhe até as tuas últimas vísceras." Quer Laranja?

Famille.

"Ela tem o dom da luz que me guia O berço feito de braços com os melhores abraços O sabor adocicado, leve e demorado Difícil de esquecer Traduzidos em gestos e palavras. Ela sabe tudo de mim, Sem eu dizer nada."