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Mostrando postagens de maio, 2012

Reencontro.

E quem me via, não imaginava um porcento do que eu sentia só pela ansiedade de poder, mais uma vez, te ver. E eu bem disfarçava, mas se bem me observasse, eu tinha um sorriso bobo estampado na cara, porque estava, novamente, perto de você. E eu queria voltar nove anos em um dia, mas não podia. Pois bem, decidi então, fazer de mim, sua velha nova companhia. Estar por perto todo dia seria minha missão. Foi quando você sorriu pra mim, me olhou nos olhos e disse: "Fazeis parte de cada minuto do meu dia. Esteve ao meu lado durante toda minha vida, desde quando te conheci." Eu segurei sua mão, as lágrimas. E sorri.

Saudades pela Manhã.

Seus lábios, De sinuosas leves e ritmadas Da cor do tom Das manhãs que inspiram A primavera Tem sabor suave e doce, Marcante, viciante, De causar ânsia por tocá-los Repetidas vezes Para acreditar que fazem parte De um Universo Real Por mais que imite o Ideal Ainda sonho saber se, de fato, Você existe.

A Flor e o Jardineiro.

Todo fim é um recomeço. Mas nem todo recomeço é um novo início. "Ao menos lhe restou um último sorriso, um último brilho nos olhos antes da respiração cessar. O Jardineiro agora dorme, sem motivos para acordar. Mas carregou em memória a imagem da Flor mais linda que já conheceu. Daquela que lhe fez transbordar o peito em poesias, com palavras que brincaram em harmonia com a ponta da caneta. A chuva cai lá fora. A natureza chora. Mais uma de suas criaturas que deu adeus. A poesia, agora, será apenas lembrança. Registro escrito lido pra criança. Livro esquecido na prateleira. Aceleradamente o coração do jardineiro volta a pulsar. Ela implorara para que ele não a abandonasse. Ele abre os olhos e chora. Sente-se pulsante e quente. O sangue corre rápido em suas veias. Seu pulmão dilata-se de modo a dobrar de tamanho. A Flor aproxima-se do seu rosto. Seca suas lágrimas. E agradece. Ele fecha novamente os olhos, mas agora por outro motivo. Pode sentir a suavidade, leveza e docilidade com

Caneta Cor de Rosa.

Seus olhos me diziam algo que eu não podia entender. Os traços que compõem o seu rosto desviavam meu olhar e eu não conseguia prestar atenção em mais nada. O movimento dos seus lábios quando falava, sorria, compostos de sinuosas leves e encantadoras, faziam-me sonhar "Qual perfume deveria ser o seu?"; "Qual sabor teria o toque dos lábios teus?" E sonhava acordado Sozinho, deitado Com você no pensamento Era como se estivesse do meu lado Me contando sobre seu dia Eu adormecia... E quando acordava, refletia "Sonhei mesmo Ou o que aconteceu Foi real um dia?" Só de lembrar, eu já sorria E mesmo que a luz do dia Não brilhasse lá fora Eu tinha dentro de mim Toda luz refletida Da cor dos olhos teus.

Profundum Anima.

Imagem
"Então me mostre, deflagre toda sua habilidade na escrita do saber que te cerca, esperarei por vidas para obter tamanho conhecimento teu, pacientemente, manso e analítico, como quem precisa escolher a porta certa a atravessar, mesmo o chão sumindo sob meus pés." Sou do tipo que vive de extremos. As pupilas dilatam nos atos que duram fragmentos de segundos, o coração aperta nas horas intermináveis, a euforia nascida do nada. O que seria a rima sem prosa nem verso, em palavras desconexas que atravessam a calmaria? Seria aquilo que os olhos não vêem? Ou o que a mão não toca a dor do dia? O mistério só existe porque os questionamentos sustentam; basta uma resposta, e tudo vira missa de sétimo dia, certo de que virará lembrança vaga e esquecida. Mas assim segue a vida. Calma, tranquila. As gotas que escorrem pelo rosto também são passageiras. O sorriso uma hora cessa. E a vida continua. Nem mesmo as Flores duram por toda eternidade no Jardim, mas se tornam infinitas porque seus pe