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Mostrando postagens de novembro, 2013

Uma Viagem ao Oeste da Grécia Antiga.

A noite foi bem quente. Os corpos agitados transpiravam algo muito diferente das impurezas orgânicas. Era transcendente, contagiante. Apaixonante. Nada era estático. Os corações pulsavam como se quisessem conhecer outros corpos, peitos, corações. O sangue, ainda que violado pelas sucessivas doses de adrenalina e aplicações orais etílicas, fazia tudo se mover com tamanha fluidez que a matéria era quase dispensável naquele momento. A vida vibrava de acordo com as batidas do som. Me sentia marionete de alguém que operava com muita maestria as transformações sonoras que percorriam meu corpo. Eu deixava. Gostava. Aprendi a deixar de comandar para ser comandado. Meu corpo foi de encontro a outros corpos, vigorosos, sedentos por vibrações. Até que encontrei um que se encaixou perfeitamente ao meu. A troca ocorria no passar das horas. As vibrações combinavam, fluíam de um corpo ao outro. A sintonia foi tanta que não percebíamos a Lua se despedir, o Sol se apresentar. O dia raiou devagar. Aqu