Um Terço de Toda Terça.

O corpo maltratado pelos dias anteriores, hoje, já nem doía. O cansaço passou longe, como quem erra a rotina. O Sol aquecia a mistura de ansiedade, medo, incerteza e alegria. Era pra ser uma tarde qualquer, mas a canção que se ouvia, maestro nenhum comandava. Acordes fora de ordem, notas embaralhadas, difícil de decifrar. As horas passeavam entre palavras e sorrisos. Nas sinuosas róseas bem marcadas, via-se a beleza do infinito. Os brilhantes acastanhados miravam com certa timidez. Alguns esbarrões, propositais ou não, aproximava-os. O Sol se punha, e com ele, a despedida. Esta noite, há de se sonhar de olhos abertos, enquanto os corpos repousam sob o céu estrelado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poetas do Precipício.

Reencontro.