Cuida-te das Borboletas.

Naquela casa não se falava de outra coisa. Ele só sonhava. Aquelas palavras repetidas massivamente eram mais atraentes em seus pensamentos flutuantes. Um sorriso estampado no rosto não entregava o que ele pensava. Eles estavam preocupados demais. Ninguém o notava boiando em seus sonhos doces e sutis. Alguém o tocara. Ele desperta sorridente e lhe pedem um minuto de atenção. "O que você está fazendo? Por que tanto sorri?" Ele olha bem no interior daqueles olhos afundados em tristeza e responde com a maior traquilidade e serenidade que se possa imaginar. "Estava alimentando meus pensamentos." Então decidiram debater sobre. "O que ele quis dizer com aquilo?" Se antes não se importava com todo aquele falatório compulsivo e desgastante, agora ele se afastara do grupo. Importava-se menos ainda. No seu pensamento, seres comunicavam-se no simples olhar. Um sorriso tinha seu exato significado. Ninguém lhe perguntara o porquê do sorrir. Sabiam, mesmo sem contar, que ele era feliz.

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