Do Tamanho do Mundo.

A elasticidade de ser grande e pequeno nos faz refletir por dentro o tamanho que a gente tem. O espaço que a gente ocupa, quando ninguém se preocupa em ser. Que seja pequeno de tal maneira a caber na estante. Mas seja grande, seja a própria estante, carregado de lembranças, de histórias que nunca conte. A ninguém. Mas tem sempre alguém observando as fotos empoeiradas, enfileiradas, em molduras idênticas. Te olham na intensidade de quem busca o mais íntimo dos segredos. Retiram a poeira na expectativa da revelação. Sempre esperando por algo desconhecido, reorganizam as fotos, aproximam umas das outras. E afastam-na. Tanto tempo de observação que sentem decepção quando nada encontram. Por fim, esquecem da sua existência, Deixando-te empoeirar novamente, com o passar do tempo.

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