Análise da Perfeição.

Aquele momento que você procura avaliar e separar o que é certo e o que é errado. O instante que você pesa o que te ensinam e o que constrói por convicção. O relógio incessante que perturba a mente enquanto você tenta raciocinar se deve digerir ou regurgitar o que te dão de comer, seja em forma de alimento pro corpo ou conhecimento pra mente. A incerteza que tira o sossego de quem simplesmente necessitaria de um repouso, mas não sabe exatamente onde deitar. A vontade reprimida, o desejo negado, o ato condenado. A cabeça esquenta de tantas ideias que fica difícil organizar. Você tenta traduzir pro papel, pro teclado, e tudo parece ficar cada vez mais complicado. Respira fundo e ainda sim falta fôlego pra continuar. Uma complexidade criada que a dúvida se sobrepõe a qualquer ideia que possa facilitar o desembaraço que só aumenta a cada tic tac pendurado na parede. É tanta força indo contra seus princípios que você, por vezes, analisa se o errado pode ser você. E se você é o único a gladiar contra toda essa força, é taxado de louco. Dizem que é perca de tempo. Que o único sentido certo é o do vento, que sopra sempre na mesma direção e leva a lugar nenhum. Mas só percebe quando o vento já te arrastou por quilômetros, e a volta torna-se tão mais difícil que a única opção existente, em alguns casos, é simplesmente deixar que o vento continue a carregar por infinitos vazios e tediosos.
Agora, é aquele momento que você leu tanta coisa que não consegue pensar em uma única coisa. São tantas reflexões passando pela mente nesse momento que chega a causar tonturas, desistência da leitura. Os que ainda lutam contra as forças contrárias, por mais que as dores pareçam querer derrubá-los a qualquer instante, continuam concentrados na leitura e na análise minuciosa, atentos no significado de cada palavra. E se a história estiver mal contada, eles irão reescrever.

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