Relógio Estático.

Havia um tempo em que as flores eram mais coloridas, porque a TV era preto e branco. Havia mais sentimento quando a novela era contada no som falhado do rádio. Sinto falta de sentir. Não sei mais prever. E hoje em dia, aquele que ouve uma sinfonia, que crê nos seus instintos e leva fé nos próprios pressentimentos, é taxado de louco, de ausência de corpo confiável.
Eu queria ser como as flores. Doce, suave e agradável. E por mais que eu tentasse, e conseguisse, ainda sim outros ficariam desconfiados. Então serei cravo, serei espinho. E ouvirei, então, você dizer: ''Não faça isso. Sejais flor, mas sem espinhos."
E eu me pergunto: "Ser flor sem espinhos? Seria como ser sem se proteger." E por mais que desejamos um mundo tomado de Amor, ainda haverá aquele que arrancará a flor do solo e arremessará aos ventos, sem se preocupar aonde ela irá cair.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poetas do Precipício.

Reencontro.